quarta-feira, 8 de maio de 2013

ENTREVISTA ON LINE - TAILER

Tailer Douglas Ferreira é mineiro da cidade de Campos Gerais. A principal fonte de renda do município é a agropecuária, com destaque para a produção de café, sendo um dos grandes produtores estaduais. Dentro do processo formativo para Vida Religiosa Agostiniana, Tailer é noviço e mora em Bragança Paulista/SP. Ao nosso irmão mineiro que completa seus 21 anos, parabéns e muitas felicidades por mais um ano de vida! 

1 – Como você conheceu os Agostinianos? 

Conheci os Agostinianos em 2001, quando tinha oito anos; cursava a terceira série do Ensino Fundamental naquela época. Acredito que por ocasião da Semana Santa, alguns seminaristas visitaram a nossa escola. Do que falaram, não lembro nada, apenas de um santinho de Nossa Senhora da Consolação e Correia que deram para cada um de nós. Depois, como coroinha da Paróquia Nossa Senhora do Carmo tive a oportunidade de conhecê-los melhor, ir me encantando pelo estilo de vida, pelo ser agostiniano. Influenciaram muito neste processo de enamoramento os freis Clóvis, Cleber, Lourival e Maurício, filhos de Campos Gerais, bem como os outros frades e formandos que sempre marcavam presença por lá: Alexandro, Alberto, Pires, Eustáquio, Emerson... 

2 – O que mais lhe cativa dentro da Vida Religiosa? 

Na Vida Religiosa o que mais me cativa é esse jeito de ser e viver na radicalidade o projeto de Jesus. A Vida Religiosa nasceu do entusiamo e da paixão que homens e mulheres alimentavam por Jesus e seu Reino; e nasce, a cada dia, no coração de cada um de nós, quando nos colocamos por inteiro nesse perene processo de discernimento vocacional, chamado-resposta. E, enfrentando tempos e contratempos, insistimos, persistimos e resistimos, “esperando contra toda esperança” (cf. Rm 4,18). 

3 – Em sua opinião, quais são os maiores desafios num processo de formação para a Vida Religiosa hoje? 

Vivendo em tempos pós, hiper, ultra... modernos, mergulhados na cultura da imagem, do espetáculo, perdidos no narcisismo das multidões, carentes de sonhos, de utopias, ... acredito que faz-se desafio para cada um nós a nossa própria vocação, a nossa própria resposta a esse projeto existencial-transcendente. É desafio encontrarmo-nos com a gente mesmo! É desafio sair de nós mesmos e ir ao encontro do outro! É desafiante, a cada dia, reacender a chama daquele Amor primeiro, que nos inflama, que nos aquece, que nos move... e que nos quer mais humanos, e que nos quer felizes! 

4 – Quais são seus sonhos para o futuro? 

Sonhos? Tenho muitos... e dentre eles um em especial, talvez o que possibilite a realização de todos os outros: ser, a cada dia da minha vida, humano, demasiadamente, humano! E assim, feliz! 

- Deixe sua mensagem para aqueles que também estão com o coração inquieto. 

Neste dia, em que celebro o dom da vida, com você que também tem o coração inquieto partilho a poesia desta canção... 

Águia Pequena (Pe. Zezinho) 

Tu me fizeste uma das tuas criaturas 
Com ânsia de amar 
Águia pequena que nasceu para as alturas 
Com ânsia de voar 
E eu percebi que as minhas penas já cresceram 
E que eu preciso abrir as asas e tentar 
Se eu não tentar não saberei como se voa 
Não foi a toa que eu nasci para voar. 

Pequenas águias correm risco quando voam 
Mas devem arriscar 
Só que é preciso olhar os pais como eles voam 
E aperfeiçoar 
Haja mau tempo haja correntes traiçoeiras 
Se já tem asas seu destino é voar 
Tem que sair e regressar ao mesmo ninho 
E outro dia, outra vez recomeçar. 

Tu me fizeste amar o risco das alturas 
Com ânsia de chegar 
E embora eu seja como as outras criaturas 
Não sei me rebaixar 
Não vou brincar de não ter sonhos se eu os tenho 
Sou da montanha e na montanha eu vou ficar 
Igual meus pais vou construir também meu ninho 
Mas não sou águia se lá em cima eu não morar. 

Tenho uma prece que eu repito suplicante 
Por mim, por meu irmão 
Dá-me esta graça de viver a todo instante 
A minha vocação 
Eu quero amar um outro alguém do jeito certo 
Não vou trair meus ideais pra ser feliz 
Não vou descer nem jogar fora o meu projeto 
Vou ser quem sou e sendo assim serei feliz. 





sábado, 4 de maio de 2013

ENTREVISTA ON LINE - MARCELO



Marcelo Augusto de Sousa e Silva é paraense da cidade de Santarém, segundo município mais importante do Pará e o principal centro financeiro e econômico do oeste do estado. Dentro do processo formativo para Vida Religiosa Agostiniana, Marcelo é aspirante, mora em Belo Horizonte, na Fraternidade Santa Mônica, e está cursando o primeiro ano de Filosofia.
Ao nosso irmão nortista, parabéns e muitas felicidades por mais um ano de vida! 


1 – Como você conheceu os Agostinianos?

Bem, conheci os Agostinianos através da leitura da regra de vida de santo Agostinho, a humanidade da regra, o carinho com que Santo Agostinho a escreveu seus irmãos me encantou. E depois de ver vídeos na internet e ler a respeito decidi entrar em contato com a Promoção Vocacional Agostiniana.


2 – O que mais lhe cativa dentro da Vida Religiosa?
Com toda e plena certeza é a fraternidade, o fato de nunca estar só, desde os primeiros passos dentro do seminário até os últimos dias, já na velhice, eis o que mais me encanta na Vida Religiosa. O estar junto com o outro, estar em harmonia e sintonia com aqueles que vivem com você, nunca deixar o irmão só, cuidar dele com carinho e amor. 


3 – Em sua opinião, quais são os maiores desafios num processo de formação para a Vida Religiosa hoje?

Acredito que seja a diferença entre os irmãos. A diferença de ideias, opiniões, estilos, formas, jeitos, tudo é diferente; viver em uma comunidade, de forma fraterna dentro das diferenças, é um desafio que conduz a momentos de êxtase de glória.


4 – Quais são seus sonhos para o futuro?

Com a graça de Deus, e se for da vontade d’Ele, pretendo ser um religioso que atue na educação, no meio do povo, junto dos que sofrem e precisam de ajuda. Pretendo primeiramente ser um irmão e me dedicar à missão no meio dos jovens, indo ao seu encontro nas escolas e lugares onde eles estejam.


- Deixe sua mensagem para aqueles que também estão com o coração inquieto.
Se ouvires a voz de Deus te chamando então não diga não nem talvez, responda SIM, pois é a voz de uma multidão em Cristo que espera por você. Siga o exemplo de Maria e esteja aos pés das infinitas cruzes da humanidade. Siga o exemplo de Santo Agostinho, venha amar e praticar a caridade, venha ser feliz, venha ser de Deus. 





RETIRO ESPIRITUAL - FRATERNIDADE AGOSTINIANA



"Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte gritei por socorro, e ouviste o meu clamor”. (Jn 2,2) 

Foi com o profundo desejo de retirar-se para o mais íntimo de si, que a Fraternidade Agostiniana, nos dias 26 a 28 de abril, vivenciou o seu retiro espiritual do semestre sob a temática da espiritualidade agostiniana de “voltar para dentro de ti mesmo” (A Verdadeira Religião. 39, 72). 

Sob a orientação de nosso assessor, Frei José Maurício da Silva, OSA, fomos conduzidos e desafiados a viver a experiência da travessia do consciente ao inconsciente, sob as luzes do livro do profeta Jonas. 

Os medos e complexos vividos por Jonas diante da missão recebida por Javé não são diferentes dos que nos aflige nos tempos hodiernos; "Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presen­ça"(Jn 1,2). O apego à materialidade, o medo de ser diferente e de ir ao encontro do diferente, o comodismo e as tempestades vividas por projetarmos no exterior e/ou nos outros, questões que não conseguimos resolver, são sintomas de inautenticidade e que, por consequência, acabam por colocar em perigo não só a própria existência, mas também a de todos que nos circundam; “O Senhor, porém, fez soprar um forte vento sobre o mar, e caiu uma tempestade tão violenta que o barco ameaçava arrebentar-se” (Jn 1,4). 




Segundo Frei Maurício, “Jonas é símbolo responsável pelo que acontecia a si e aos outros” e, por isso, era necessário que ele não justificasse seus medos nem fugisse das questões e fragilidades humanas que eram suas. Mergulhar nas águas enfurecidas e enfrentar a si mesmo seria a chave para acalmar o mar interior; “pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou” (Jn 1,15). 

Enfrentar a Nínive interior era a grande angústia vivida por Jonas. E, somente encarando os medos, nomeando os monstros interiores e amando o inimigo que a princípio não é amar os que nos perseguem, mas amar a parte de nós que não aceitamos, é que se pode viver com coragem a grande questão provocada pelo livro: “torna-te autêntico”

Como síntese do livro, o assessor encerrou o nosso retiro dizendo que é preciso “não morrer sem antes ter vivido e não morrer sem antes ter amado”. 



O retiro fraterno de nossa comunidade foi um momento ímpar de olhar com mais ternura para o nosso interior e dialogar com as questões humanas que careciam de um olhar mais demorado. A proposta lançada de viver e cultivar no ordinário da vida a autenticidade será o grande imperativo que irá nos acompanhar no encontro comigo mesmo, com o outro e com o mundo. Que a graça de Deus nos ajude! 

Alexandre Castro
Belo Horizonte/MG

sexta-feira, 3 de maio de 2013

ESCRITA EM MINI-DIZERES


A tarefa de escrever se aprende desde pequeno. No início, árdua e desafiadora, é para muitos uma superação de grandes obstáculos. Há quem não aprendeu este feito humano, minha avó, por exemplo, a qual nunca soube escrever o próprio nome porque não teve oportunidade de estudar. Agora, já bastante idosa, argumenta que não é mais tempo para isso. Ela tem os motivos dela. Todavia, diferentemente da minha avó, eu tive a chance de estudar em boas escolas, tive bons professores, e até hoje me lembro daquelas primeiras palavras que aprendi a escrever, simples para mim hoje: pa-ne-la, sa-pa-to, ra-to, entre outras. 



Contudo, se minha avó soubesse o que muitos jovens escrevem de maneira resumida e precária o tanto de coisas que vivem ela mesma ficaria impressionada. Digo isso porque não é mais nenhuma novidade encontrar nas redes sociais (facebook, twitter, etc) construções, ditas frasais, como por exemplo: #Boa noite#saindo#show. 


Comunicar-se, hoje em dia, principalmente nas redes é sinônimo de utilizar poucas palavras para descrever algo ou alguma situação que aconteceu, que está acontecendo, ou que vai acontecer. O que você entenderia por: #Gustavinho #Show de verdade #PDM #Medo #Tchê tcherere tchê tchê #Replay #Gatinhas #Doidaças #Best's #Vamo que Vamo :) ? Agora, se eu desafiasse alguns estudantes a escreverem uma redação, de no mínimo quinze linhas e no máximo trinta, descrevendo ou narrando a situação que aconteceu cujas palavras acima fazem referência a esta, será que todos conseguiriam? Acredito que é por esse e outros motivos que grande parte dos estudantes sente uma enorme dificuldade em produzir textos, independente de qual gênero seja, dissertativo, narrativo, descritivo, etc. 




A proeza da escrita se revela escrevendo e reescrevendo, revisando o texto, deixando-o para “descansar”, e revendo-o novamente. Isso se aprende com o tempo, e é importante não regredir nesse processo de aprendizagem. Precisamos perceber que somos capazes de ser grandes escritores, estimados criadores de histórias e contos, poetas, cronistas, basta descobrir-se, tentar, ler, ousar, escrever, reescrever, mergulhar no mundo das letras e nele encontrar bonitas palavras, frases e expressões. Se eu demorei algum tempo para redigir este texto, pensando em cada vocábulo que iria apresentar aqui, atrevo-me neste instante a mostrar se seria capaz de me expressar da forma tal como argumento não simpatizar: #escrever#labutaárdua#aprendizado#não perder. Como não sou a melhor pessoa para avaliar se me expressei bem ou mal, deixo essa tarefa a outros, contudo, desafio você a escrever aquilo que não tem escrito diante desse mundo tão grande e cheio de beleza que nos toca. E então, vamos começar? 

Frei Leandro Santos de Carvalho 
Bragança Paulista - SP

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ENTREVISTA ON LINE - DANILO


 

ENTREVISTA on line

Danilo Euzébio é trespontano, ou seja, natural da cidade de Três Pontas, localizada ao sul do estado que é famoso pelo pão de queijo, Minas Gerais. Atualmente reside na Fraternidade Agostiniana, no bairro do Barreiro em Belo Horizonte. Está vivenciando a etapa do Pré-noviciado e cursa o segundo ano de Filosofia. Ao nosso irmão Danilo, parabéns pelo seu aniversário e pela sua vocação.

Entrevista:

1 – Como você conheceu os Agostinianos?

            Desde pequeno sempre tive o desejo de ser padre, porém um padre com um algo a mais. Em Três Pontas há dois Freis Agostinianos, Frei Emerson - agora já ordenado diácono – e Frei Felipe Assis (formando da Fraternidade Santo Dias e que está cursando Teologia), e a partir do contato com eles resolvi investigar um pouco mais sobre a Vida Religiosa Agostiniana. A priori, fiz apenas uma visita ao Blog Vocacional Agostiniano, mas depois resolvi entrar em contato com a Promoção Vocacional na pessoa do Frei Márcio Vidal, que me acolheu muito bem e que me convidou a participar dos Encontros Vocacionais, onde me foi apresentado o algo a mais que eu tanto procurava.

2 – O que mais lhe cativa dentro da Vida Religiosa?

            Dentro da vida religiosa, sobretudo a Vida Religiosa Agostiniana, uma das coisas que mais me cativa é a vida fraterna em comunidade, valorizando e acolhendo a diferença de cada um, e fazendo destas diferenças um crescimento pessoal e um crescimento da comunidade. É bastante significativo também o modo de acolher não só os pobres e necessitados, mas todos aqueles que precisam de uma mão amiga. Isto sem falar dos trabalhos nas paróquias, projetos sociais, missão e a educação formal nos colégios.

3 – Em sua opinião, quais são os maiores desafios num processo de formação para a Vida Religiosa hoje?

         O mundo está em constante avanço e transformação, e encontrar meios adequados para conciliar esta transformação com a Vida Religiosa seria um dos muitos desafios. Mas minha convicção é de que os desafios nos fortalecem e nos ajudam a crescer, nos levando assim à concretude de nossos ideais.

4 – Quais são seus sonhos para o futuro?

             “Devemos viver cada momento como se fosse único e o ultimo”. Embasado nesta fala, vivo o hoje, postulando ser um bom religioso e, sobretudo, um homem constituído de paz e dignidade, valorizando e cuidando do próximo.
  
- Deixe sua mensagem para aqueles que também estão com o coração inquieto.

            As maiores riquezas estão dentro de cada um de nós, interiorize-se e encontre o maior tesouro... Deus. Fraterno abraço. Agradeço pelo carinho e ainda mais por fazer parte desta família.





ENTREVISTA ON LINE - JOÃO PAULO



ENTREVISTA on line

A partir deste mês de maio, o BLOG VOCACIONAL AGOSTINIANO fará uma homenagem aos irmãos aniversariantes de cada mês. Trata-se da Entrevista on line onde apresentaremos, sob a ótica do aniversariante, um pouco mais de quem nós somos, do nosso carisma e, acima disso, render graças a Deus por quem comemora mais um ano de vida.  Acompanhe a entrevista do nosso irmão João Paulo

João Paulo de Lorena Silva nasceu em Vitória de Santo Antão, município do estado de Pernambuco distante 51 km da capital, Recife. Aos 22 anos completados hoje, está vivenciando a etapa do Aspirantado na Fraternidade Santa Mônica, em Belo Horizonte/MG. Está cursando o primeiro ano de Filosofia. Ao nosso irmão João Paulo, felicidades pelo seu aniversário e graças pela sua vocação.

Entrevista:

1 – Como você conheceu os Agostinianos?

Conheci os Agostinianos através de um amigo salesiano, George de Melo. Na época eu morava em uma casa da Comunidade Obra de Maria, a qual fazia parte, na cidade de Olinda. Era uma casa grande que alugávamos para retiros religiosos. Estudava na Universidade Católica de Pernambuco, junto com esse amigo. Era o mês de junho, quando o George me perguntou se eu conhecia algum espaço para retiros (pois um amigo Agostiniano (o Frei Márcio) estava a procura para alugar por ocasião do Encontro Vocacional Agostiniano – Região Norte/Nordeste, que deveria acontecer em setembro. Logo passei o contato. Setembro chegou e tive a graça de conhecer a família Agostiniana. Fiquei tão encantado com o jeito de ser comunidade agostiniano que acabei fazendo o Encontro também. E hoje estou aqui: feliz por fazer parte dessa família.

2 – O que mais lhe cativa dentro da Vida Religiosa?

A vida em comunidade. O ser com o outro sempre inquietou o meu coração. Partilhar a vida, os sonhos, andar de mãos dadas, cultivar amizades em Deus, servir os mais necessitados, sempre foram “inquietudes” do meu coração. E especificamente na Vida Religiosa Agostiniana posso dizer que tenho encontrado isso. Somos jovens, adultos, pessoas de todos os lugares e culturas; mas, imbuídos por um mesmo desejo: o de “viver juntos, com uma só alma e um só coração orientados para Deus”.

3 – Em sua opinião, quais são os maiores desafios num processo de formação para a Vida Religiosa hoje?

Optar pela Vida Religiosa hoje é um desafio de amor. Em mundo centrado na experiência do “eu”, do individualismo e egoísmo cegos, queremos mostrar a força e a beleza do “nós”, da vida em comunidade, que não é fácil, mas que vale a pena. Em uma sociedade onde os valores cultivados passam pela lógica do “Capital”, em que o “SER” foi substituído pelo “TER”, queremos ser sinais de desprendimento, doação e partilha. Em uma civilização profundamente secularizada e relativista, queremos insistir na mensagem do Evangelho: “Deus armou tenda no meio de nós, Ele é o caminho, a Verdade e a Vida” (cf. Jo 14,6). Penso que sejam esses os grandes desafios dos que se propõem seguir ao Cristo de maneira mais radical hoje. Transpô-los não é fácil, mas é possível.

4 – Quais são seus sonhos para o futuro?

Sonho em ser poder, junto com meus irmãos, ser artífice de um mundo melhor. Um mundo mais humano, onde as pessoas possam se olhar para além daquilo que as separa. Romper com os muros da discórdia, do desamor, do egoísmo. Não quero ser religioso para mim. A vida não tem sentido quando vivemos para nós mesmos. Também não quero viver na superfície. Sonho em ser um religioso com profundidade humana, espiritual e intelectual; para, assim, poder servir bem o povo, tocando-os e sendo tocado naquilo que temos de mais íntimo: o coração, lugar onde Deus habita. “Nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas”, já nos dizia Cora Coralina.

- Deixe sua mensagem para aqueles que também estão com o coração inquieto.

“Viver é arriscar-se, definir o coração inquieto à procura do amor. Incansável coração porque no amor não há limites”, Frei Paulo Gabriel, OSA. Penso que esse fragmento de poema traduz muito bem a experiência da Vida Religiosa Agostiniana. Arriscar-se no amor; amor que não possui limites porque nasce do coração desmedido de Deus, e que se revela paradoxalmente na experiência do amor finito do homem. Vale a pena lançar-se no amor! Se você, jovem, também sente o seu coração inquieto, também sonha com um mundo melhor, onde a experiência do Reino seja realidade no mundo, não tenha medo de se arriscar. Venha ser Agostiniano também!