AGOSTINHO E MÔNICA
>>>Celebrada pelos agostinianos no dia 4 de maio
Quem nunca derramou algumas lágrimas na vida? Eu não conheço nenhum relato assim. As lágrimas fazem parte da vida humana, e expressam os sentimentos mais próprios do ser humano, a dor, a tristeza, a alegria, a saudade. Ora, as lágrimas podem representar muito, ainda mais quando uma mãe as deixa cair.
Esse foi o caso de Santa Mônica, nascida em 331 na então cidade de Tagaste (África). Foi ela uma mulher que não poupou lágrimas em toda sua vida, resumindo-a em oração e pranto.
Contudo, o pranto de Mônica não expressava senão amor, dirigindo-o a Deus em prol da conversão de seu filho, Agostinho. Tais lágrimas são fruto de um coração confiante em Deus, como se pode inferir a partir do relato de S. Agostinho no livro VI, das suas Confissões: “chorava por mim como se estivesse morto, porém morto destinado à ressurreição”.
S. Agostinho relatou em parte a vida de sua mãe, e a qualificou como uma viúva casta, piedosa e sóbria, pura e modesta. Além desses adjetivos, incluiu o seu serviço aos santos, a fidelidade nas esmolas e na oferta ao altar, e a presença constante na Igreja para ouvir a palavra de Deus.
Os elogios à sua vida também partiram do bispo Santo Ambrósio, que congratulava-se com Agostinho por ele ter semelhante mãe. Ambrósio a respeitava por sua vida tão religiosa, dedicada às boas obras e aos serviços da Igreja. Agostinho ainda testemunha um caráter conciliador em Mônica, que ouvia as partes e buscava conciliá-las.
A vida de Mônica também está marcada pelo convite à conversão que fez ao seu esposo Patrício, expresso por meio do exercício das virtudes. Ela suportou santamente as infidelidades conjugais, e soube não discutir com ele quando estava encolerizado. Um exemplo de esposa cristã. Seu esposo se faria batizar e pouco depois viria a falecer.
Mônica pode ser descrita como uma mulher fortalecida pela esperança, mas sem poupar lágrimas. Conforme Agostinho: “não cessava de chorar por mim diante de ti, em todos os momentos de suas orações” (Confissões, III, 11). Ela, cheia de fé e lágrimas, ouviria de um bispo palavras ao mesmo tempo consoladoras e proféticas: “Vá e viva em paz, pois é impossível que possa perecer um filho de tantas lágrimas” (Confissões, III, 12). A conversão de seu filho se tornaria realidade, Agostinho receberia o batismo na vigília pascal de 387 pelas mãos de Santo Ambrósio, em Milão.
Após esse episódio e em regresso à África, num colóquio em Óstia Tiberina, Mônica diz a Agostinho: “Meu filho, nada mais me atrai nesta vida [...] por um só motivo eu desejava prolongar a vida nesta terra: ver-te católico antes de eu morrer. Deus me satisfez amplamente.” E assim, após um período de nove dias de enfermidade, aos cinquenta e seis anos de idade, Mônica nasce para o céu.
O seu último pedido foi que dela lembrassem no altar do Senhor. Agostinho enquanto faz uma prece a Deus por sua mãe, diz-lhe ternamente: “desejou somente que nos lembrássemos dela diante de teu altar, ao qual ela não deixou um só dia de servir; porque sabia que aí se oferece a Vítima santa”.
O grandioso exemplo dessa mãe e esposa ultrapassa os séculos, ensinando-nos a confiar em Deus, a persistir nas orações, e a ofertar nossa própria vida no altar. Um modelo de cristã. Foi Mônica a mulher perseverante que derramou lágrimas que chegavam a banhar a terra, para que seu filho viesse a ser banhado em Cristo.
Esse foi o caso de Santa Mônica, nascida em 331 na então cidade de Tagaste (África). Foi ela uma mulher que não poupou lágrimas em toda sua vida, resumindo-a em oração e pranto.
Contudo, o pranto de Mônica não expressava senão amor, dirigindo-o a Deus em prol da conversão de seu filho, Agostinho. Tais lágrimas são fruto de um coração confiante em Deus, como se pode inferir a partir do relato de S. Agostinho no livro VI, das suas Confissões: “chorava por mim como se estivesse morto, porém morto destinado à ressurreição”.
S. Agostinho relatou em parte a vida de sua mãe, e a qualificou como uma viúva casta, piedosa e sóbria, pura e modesta. Além desses adjetivos, incluiu o seu serviço aos santos, a fidelidade nas esmolas e na oferta ao altar, e a presença constante na Igreja para ouvir a palavra de Deus.
Os elogios à sua vida também partiram do bispo Santo Ambrósio, que congratulava-se com Agostinho por ele ter semelhante mãe. Ambrósio a respeitava por sua vida tão religiosa, dedicada às boas obras e aos serviços da Igreja. Agostinho ainda testemunha um caráter conciliador em Mônica, que ouvia as partes e buscava conciliá-las.
A vida de Mônica também está marcada pelo convite à conversão que fez ao seu esposo Patrício, expresso por meio do exercício das virtudes. Ela suportou santamente as infidelidades conjugais, e soube não discutir com ele quando estava encolerizado. Um exemplo de esposa cristã. Seu esposo se faria batizar e pouco depois viria a falecer.
Mônica pode ser descrita como uma mulher fortalecida pela esperança, mas sem poupar lágrimas. Conforme Agostinho: “não cessava de chorar por mim diante de ti, em todos os momentos de suas orações” (Confissões, III, 11). Ela, cheia de fé e lágrimas, ouviria de um bispo palavras ao mesmo tempo consoladoras e proféticas: “Vá e viva em paz, pois é impossível que possa perecer um filho de tantas lágrimas” (Confissões, III, 12). A conversão de seu filho se tornaria realidade, Agostinho receberia o batismo na vigília pascal de 387 pelas mãos de Santo Ambrósio, em Milão.
Após esse episódio e em regresso à África, num colóquio em Óstia Tiberina, Mônica diz a Agostinho: “Meu filho, nada mais me atrai nesta vida [...] por um só motivo eu desejava prolongar a vida nesta terra: ver-te católico antes de eu morrer. Deus me satisfez amplamente.” E assim, após um período de nove dias de enfermidade, aos cinquenta e seis anos de idade, Mônica nasce para o céu.
O seu último pedido foi que dela lembrassem no altar do Senhor. Agostinho enquanto faz uma prece a Deus por sua mãe, diz-lhe ternamente: “desejou somente que nos lembrássemos dela diante de teu altar, ao qual ela não deixou um só dia de servir; porque sabia que aí se oferece a Vítima santa”.
O grandioso exemplo dessa mãe e esposa ultrapassa os séculos, ensinando-nos a confiar em Deus, a persistir nas orações, e a ofertar nossa própria vida no altar. Um modelo de cristã. Foi Mônica a mulher perseverante que derramou lágrimas que chegavam a banhar a terra, para que seu filho viesse a ser banhado em Cristo.
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Luis Hernandes Matos Leite
Belo Horizonte/MG