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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CELEBRAÇÃO DE NOSSO PAI EM DIADEMA/SP



 


O mês de Agosto teve um sabor todo especial para nós agostinianos da Fraternidade Santo Dias, pois celebramos nosso Pai Santo Agostinho com a participação de todas as comunidades da Paróquia São Pedro - Diadema. O vivenciado levou-nos a refletir sobre os alicerces da vida agostiniana: a interioridade, a comunidade e o serviço à Igreja.

A interioridade é o caminho pelo qual conhecemos a nós mesmos e a Deus, visto já termos escutado de Santo Agostinho: “Queres conhecer a Deus? Entra em ti mesmo e aí o encontrarás”; é desta maneira que buscamos nos configurar a Cristo por meio de nossa vocação. Mas este caminho não é feito de maneira solitária, ao contrário, a comunidade tem papel importante neste itinerário. Na sua obra Solilóquios, Agostinho, quando interrogado por qual motivo viver em comunidade, responde: “Para em comum estudar nossas almas e Deus. Assim, aquele que primeiro chegar a alguma conclusão facilmente a comunica aos outros”; portanto, a experiência de Deus é uma experiência partilhada entre os irmãos. O fruto colhido por esta dupla experiência deve ser lançado no serviço ao povo de Deus.

Justamente pelo fato de nossa vida agostiniana transpor os muros do nosso convento, quisemos celebrar e festejar essa data com o povo de Deus. Assim, a imagem de Santo Agostinho percorreu cada comunidade, sendo muito bem recebida e festejada por todos. Por essa acolhida e alegria expressamos a nossa gratidão.

As festividades encerraram-se com a celebração da Solenidade de Santo Agostinho no dia 28 de Agosto, que contou com uma bela procissão e alegre Celebração Eucarística na comunidade Nossa Senhora de Fátima que contou com a presença dos irmãos da Comunidade do Noviciado de Bragança Paulista/SP.

Que Santo Agostinho interceda por nós para que essas sementes de interioridade, comunidade e serviço ao povo de Deus se multipliquem e deem sempre mais frutos, pois assim, construímos o Reino de Deus.

Para saber mais sobre a Ordem de Santo Agostinho, acesse nosso site: agostinianos.org.br

Frei Samuel Marques, OSA

Diadema/SP



















quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MISSÃO VOCACIONAL AGOSTINIANA 2012


Neste ano de dois mil e doze, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Chã de Alegria – PE, completou setenta e cinco anos, porém, quem recebeu um dos maiores presentes da festa, sem dúvida, fomos nós, formandos agostinianos do Vicariato Nossa Senhora da Consolação do Brasil, que na mesma ocasião realizamos, junto ao povo daquele lugar, nossa primeira missão vocacional agostiniana nordestina da história do nosso vicariato.

Éramos sete jovens que, iluminados pelo carisma agostiniano, contagiávamos outros corações, seja na cidade ou na zona rural, levando uma palavra de conforto àqueles que pensavam estarem sós.

Tudo começou quando chegamos à cidade no dia vinte e quatro de julho (terça-feira) onde, já em clima de festa, fomos apresentados ao povo que ali já estava à nossa espera. Naquele dia fomos abençoados coma a mesma água que levaríamos às casas nos dias seguintes. Depois de um bom tempo fora de casa, voltávamos à nossa terra natal, o Nordeste.

Na quarta-feira, logo após o café da manhã, saímos em missão. Do grupo de sete, parte ficou na cidade enquanto que os outros (Gilberto, Joel e Renato) – e um jovem de nome Bartolomeu – saíram em missão. Partimos para Alvorada, área rural pertencente ao município.

Chegando, fomos recebidos como se já fossemos filhos do povo daquela região específica. Lá, a nossa espera, estava Dona Tereza, zeladora da capela local, igreja esta dedicada à Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Logo depois chegaram mais duas pessoas a fim de nos acompanharem nas visitas no decorrer daquele dia.

Chegando às casas das pessoas, comumente éramos recebidos pelas senhoras donas de casa (porque a outra parte da família estava trabalhando na roça e/ou as crianças nas escolas). Em tais visitas, a agradável acolhida das pessoas nos surpreendia – em algumas casas – com um delicioso cafezinho preparado com muito apreço pelas senhoras. Aquela atitude refletia um brilho no olhar e um sorriso no rosto em cada uma delas, as quais buscavam fazer de tudo para nos agradar e segurar a gente o máximo possível dentro de suas casas. Porém, não podíamos demorar tanto, pois o dia era curto para tantas casas a serem visitadas.

Em muitas vezes saímos das casas com um grande testemunho de fé que ali, na história partilhada de cada família, éramos alimentados em nossa fé bem como em nossa caminhada vocacional. Valeu termos enfrentado, em algumas situações, rio para atravessar e muita estrada para caminhar.

Agradeço muito a Deus, à Paróquia de Chã de Alegria, ao Vicariato Agostiniano Nossa Senhora da Consolação do Brasil e de modo muito especial ao Frei Felipe da Cruz, que nos motivou a abraçar esta oportunidade ímpar de semear, em solo nordestino, as sementes de nosso carisma agostiniano.

Fizemos história, alegramos alguns corações, levamos ao povo a palavra, mas ao mesmo tempo renovamos nossas vocações.

Joel Cícero da Silva
Belo Horizonte/MG

quarta-feira, 4 de julho de 2012

POESIA



QUE EU COMPREENDA SENHOR

Que eu compreenda este caminho percorrido 
e todos os obstáculos que encontrei.
Que eu compreenda a missão realizada 
e todos os desafios ligados a ela.
Que eu compreenda que sou de Ti 
e que a minha vida é consagração.
Que eu compreenda meus erros e defeitos 
e a minha capacidade para corrigi-los.
Que eu compreenda minha vocação 
como um tesouro que vem de Ti.
Enfim, que eu compreenda que ainda há muito chão pela frente, 
que muitas dificuldades hão de surgir, 
mas peço que eu compreenda o mais importante: 
Tu estás comigo em todos os momentos!


Frei Danilo Gomes de Almeida, OSA 
Bragança Paulista-SP

terça-feira, 22 de maio de 2012

SANTA RITA DE CÁSSIA E O DEUS DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS

Rita de Cássia é uma das santas mais admiradas, pelo seu extraordinário exemplo de esposa e mãe, depois como viúva e enfim como religiosa agostiniana. A sua intercessão é tão poderosa que os devotos a chamam de "santa das causas impossíveis, advogada das causas desesperadas". Afinal, ela experimentou na vida o impossível, tornando-se possibilidade pelo poder que vem da Cruz.

O nascimento de Margherita, abreviado carinhosamente por Rita, já é uma prova que para Deus nada é impossível (Cf. Lucas 1, 37). Isto porque o nascimento de Rita, dado no dia 22 de maio de 1381, na região da Úmbria, província da Itália que deu à Igreja santos como Santa Clara e São Francisco de Assis,só foi possível graças às orações fervorosas de seus pais, Antônio e Amada Mancini, que já eram de idade avançada e sem prole.Estes, pobres que eram, legaram à filha as riquezas imperecíveis de uma boa educação, fundada nos princípios da fé e da moral cristã.



Desde pequena revelou profunda devoção à Maria Santíssima e, dentre outros santos, a Santo Agostinho. Tanta devoção que, inspirada na vida de tal santo, o desejo ardente de Rita era entrar na Ordem Agostiniana, a fim de viver exclusivamente para Deus. Mas seus pais, levados por motivos de ordem material e pelo fato de poder ter uma descendência desta sua filha única, tomaram uma atitude diante do projeto vocacional de Rita que,para se conformar aos desejos dos pais, teve que contrair núpcias com o jovem Paulo Ferdinando, que inicialmente além de aventureiro fora do lar, dentro de casa foi o esposo grosseiro, impertinente, irascível e violento.

Longe de se exasperar ou abandonar o lar, elevava suas orações a Deus para alcançar a conversão do companheiro. E devido a graça que vem do Altíssimo, juntamente com a confiança e paciência inalterável de Rita, levaram o marido a uma mudança sincera de suas más atitudes dentro e fora de casa. Mas, depois de dezoito anos de casada, veio o desenlace que ela não desejava: o marido foi assassinado. Porém, mesmo viúva diante um crime tão horrendo, Rita não hesitou em mostrar aos dois filhos gêmeos, João Tiago e Paulo Maria, os deveres de caridade cristã de perdoar, assim como Deus perdoa. Mas os mesmos teimavam no espírito de vingança. Então, a mãe aflita, preferindo vê-los mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que mudasse o coração dos filhos ou os levasse para si antes de se mancharem com um crime ainda maior. Morreram ambos, dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela época.



Viúva e sem filhos, Rita dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns e outros, com alimento, visita, conforto e trabalho. Mas o que ela queria mesmo era realizar o projeto de tenra juventude: consagrar-se a Deus na Ordem das Agostinianas. Numa inquietude de coração em responder ao seu chamado, Margherita bateu à porta do convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para tornar-se religiosa. Mas a superiora declarou não poder admitir uma viúva numa comunidade reservada exclusivamente às virgens. Todavia, Rita não desanimou, pois quando tudo parece se fechar, Deus abre uma nova porta. Envolvida por tamanha fé, na impossibilidade humana, mas na possibilidade divina, certa madrugada, a denominada santa das causas impossíveis foi encontrada pelas freiras, rezando na capela do Mosteiro, com portas e janelas fechadas. A Madre Superiora viu naquele fato um desígnio do céu e admitiu-a como irmã.

Certa vez, já gravemente enferma, vivendo num pobre leito, no fundo de uma humilde cela, Irmã Rita recebeu a visita de sua prima. Pediu a esta que fosse até sua antiga casa em Roccaporena, apanhasse e trouxesse uma rosa de seu jardim. A tal prima, apesar de saber da impossibilidade de encontrar a rosa, já que estavam passando por um rigoroso inverno, resolveu atender ao pedido de Rita. Mas para a sua surpresa, chegando ao jardim, foi possível encontrar uma linda rosa, que levou imediatamente para o convento.

Encontrando-se cada vez com uma saúde mais frágil, Irmã Rita teria passado a contemplar ainda mais o crucifixo, pedindo a Cristo a graça de sofrer com Ele as dores dos estigmas que tornou possível a aurora de uma nova esperança para os que creem. Assim, após caminhar para uma semelhança sempre mais perfeita ao Crucificado na via da humildade e obediência, um espinho desprendeu-se da imagem e fincou-lhe na fronte, abrindo uma chaga na sua testa mostrando “a autenticação da sua maturidade cristã. Na cruz com Jesus, ela de certo modo formou-se naquele amor, que tinha conhecido e expresso de maneira heroica entre as paredes da casa e na participação das vicissitudes da sua cidade.” (Papa João Paulo II, em seu discurso sobre os cem anos de canonização de santa Rita).

Após sua morte, ocorrida em 22 de maio de 1457, os relatos de seus milagres espalharam-se, bem como o culto à sua pessoa, que se estendeu sobre várias partes. Porém, foi a partir de sua beatificação, em 1628, que seu culto teria tomado um novo incremento, espalhando-se pelo mundo católico. Em 1900, ocorreu a sua canonização e, em face dos sofrimentos e das provações passados por ela, como esposa, mãe, religiosa e, ainda, em razão dos milagres obtidos por sua intercessão, foi-lhe conferido o título de Advogada dos Aflitos ou Protetora das Causas Impossíveis. Pois, o Deus no qual Santa Rita advoga e roga, sempre abre caminhos para que o melhor aconteça para aqueles que confiam. Porque quando o impossível se levanta, Deus o torna possível; quando não há possibilidade, Deus faz o milagre!



SANTA RITA, ADVOGADA DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS,

 ROGAI POR NÓS!


Frei Rafael Bruno Ferreira, OSA 
Bragança Paulista/SP

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REFERÊNCIA:
ORDEM DOS AGOSTINIANOS RECOLETOS: Província Santa Rita de Cássia. A história de Santa Rita de Cássia. Disponível em: . Acesso em: 25 abr. 2012.




sábado, 17 de março de 2012

A FORÇA DO PERDÃO DE DEUS

“Perdoar: palavra fácil e curta de se pronunciar, 
mas difícil de ser vivenciada.” 
Há momentos na vida que nos esquecemos do sentido de viver, de amar, de perdoar. Apegamo-nos às coisas do mundo e nos esquecemos de Deus. Por muito tempo me senti assim, preso ao mundo dos homens, às coisas materiais, apegado à criação de Deus, à criação humana.
Estudar, crescer na vida, ser bem sucedido, do que adianta? A vida aqui é passagem para uma vida eterna, e para conquistá-la é preciso fazer o bem, amar a Deus, seguir seus mandamentos, perdoar, doar-se ao irmão sem pedir nada em troca. Estamos fazendo isso? Pergunte-se sempre: estou fazendo o quê para ter a vida eterna? Você ama a Deus? Será que só amá-lo basta? Ou é preciso sacrifícios? Assim me questionei sempre, viajei ao meu interior e mesmo passando diversas vezes por Deus, não o via, porque ainda me prendia ao mundo das sensações.


Estudando consegui coisas que almejava, me via num caminho bom, mas e a felicidade? Por que eu não estava feliz? Agarrando-me com forças no que o mundo oferecia achava estar fazendo o certo e o melhor. E os outros? E meus semelhantes? Tantos perdidos, sem rumo, sem nexo, sem escolhas, e eu com um mundo cheio de oportunidades não era feliz, por quê? Foi em perguntas e perguntas que me afundava, me via num poço sem fim... Tentei várias vezes subir este poço, mas era fundo demais...
Quando já não tinha mais forças, eis que surge uma esperança no fundo do poço. Era a mão de Deus que me arrastava para lençois freáticos mais profundos, onde as águas são puras e doces. Era o meu interior, era o Eu como filho de Deus, como irmão de todos. E tudo o que vivi, que passei, ganhou novo sentido e o perdão Ele me concedeu. Agora pergunto como dizer não? Como negar a Deus o que Ele me pede, depois de todo o perdão experimentado? Só quem sabe a força do perdão de Deus se entrega a Ele de corpo e alma!


 “Nem as limitações ou minhas imperfeições me impedirão de contemplar tua face em mim”, ó Deus. Mesmo com nossos erros, com nossos defeitos, Deus nos ama e nos dá a chance de uma nova vida a cada amanhecer...
Rodolfo Oliveira 
Belo Horizonte/MG