segunda-feira, 13 de maio de 2013

MARIA, MÃE DA IGREJA



Caríssimos irmãos e irmãs,


Neste mês de maio a Igreja nos convida a refletir sobre a figura de Maria. Que alegria o mês de Maio! Tempo de “levar flores para o altar de Nossa Senhora”, mas além de levarmos flores, olharmos a mulher que chamamos de mãe. Mulher tão casta, com vida a ser exemplo de maternidade, simplicidade e discipulado.

Em Nazaré o anjo, porta-voz de Deus, anuncia sua missão: ser mãe! A jovem mulher aceita com todo amor e gratuidade: “faça-se em mim segundo a vossa palavra” (cf. Lc 1, 38). Com este sim abre as portas do mundo para o salvador da história.

Maria é verdadeiramente a Mãe que o Filho de Deus merecia. Educa-O, ensina-O, forma-O para a vida. A máxima de sua vocação maternal é o amor. Em sua simplicidade amou Jesus até as últimas consequências. Ao pé da cruz, pobre, madura, fidelíssima, na dor d’Ele viu a sua, na morte d’Ele a espada que traspassou a sua alma (cf. Lc 2,35).

É mãe na presença ausente do Filho, por quem nós nos tornamos filhos. Como diz Santo Agostinho, é “verdadeiramente Mãe dos membros (de Cristo) porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça”. Maria está “ligada intimamente à vida da Igreja”, por ser “modelo eminente e singular de virgem e mãe” (cf. Lumen Gentium 63).

Ensina-nos “a simplicidade da consciência alerta, que, em acorde com a Palavra de Deus e a beleza da vida, está desperta para saborear, anunciar, lutar e perseverar”, por isso é grande intercessora; só rogamos a ela, pois acreditamos que fará conosco assim como fez em Caná da Galiléia, “movida de compaixão, levou Jesus Messias a dar início aos seus milagres” (cf. Lumen Gentium 58).

Somos discípulos no caminho para anunciar o evangelho. São muitas divergências e às vezes não conseguimos ser testemunhas d’Ele. Mas olhando Maria, exemplo de discipulado e seguimento, conseguimos trilhar melhor. Quem neste mundo foi maior seguidora de Jesus? Quem melhor respondeu o Sim? Quem verdadeiramente entregou sua vida a Ele?

A mulher do pequeno povoado de Nazaré, de onde sequer poderia sair algo de bom (cf. Jo 1,46), mostra-nos como devemos responder ao chamado de Deus, como assumir fielmente o projeto do seu filho e sermos suas testemunhas, até os confins da terra (cf. At 1, 8), o verdadeiro sentido da missão!

Confiantes voltemos nossa olhar para a Mãe de Deus e nossa. Que na ternura do seu agir nunca nos desampare, que ouça o apelo dos mais sofridos e interceda ao seu Filho por nosso povo.

Abençoa, Mãe, cada lar e traga ao povo que de ti é devoto a esperança de tempos melhores. Seja refúgio de nossa fé! Amém.
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CONCÍLIO VATICANO II. Lumen Gentium: constituição dogmática sobre a igreja. 23.ed.. São Paulo: Paulinas, 1965/2011. 142 p.

Frei Alisson Paulo Gomes
Bragança Paulista/SP

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