sábado, 24 de outubro de 2009

A ORDEM DE SANTO AGOSTINHO






>>>“Interioridade, comunhão de vida e serviço à Igreja. A integração harmoniosa dos elementos mencionados... é algo que dá à nossa vida uma identidade própria e original, e constitui, portanto, um aspecto fundamental do nosso carisma. A busca de Deus, a dimensão contemplativa, propicia um movimento dinâmico aos outro elementos, que são complementares um ao outro. A nossa pobreza nos libera para buscar Deus e servir a Deus através do ministério da Evangelização e do cuidado dos pobres. O nosso empenho pastoral com seus muitos rostos vem sempre acompanhado da oração e da contemplação. E a fraternidade no Senhor é vivida na comunhão dos irmãos que têm tudo em comum, são solidários com os mais necessitados, e vivem a própria comunidade como aberta e generosa em relação à Igreja.” (Fr. Robert Francis Prevost, Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho).




Breve resenha histórica




>>>Era o século da proximidade radical com o Evangelho. Século das Ordens Mndicantes. “Em março de 1244 nascia a Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho com a bula Incumbit nobis, de Inocêncio IV, a qual decretava que os diversos grupos eremíticos espalhados pela Itália central se unissem, se conformassem a um mesmo estilo de vida, adotassem a Regra de Santo Agostinho e nomeassem um prior geral para conduzi-los”. (PINHEIRO, 2006, p. 507-8)

>>>Diferentemente dos franciscanos e dominicanos, grandes ordens mendicantes da época, que tinham um “personagem” fundador, os agostinianos nascem do desejo do sumo pontífice de fazer valer ainda mais o preceito divino da unidade dentro da Igreja. Desde essa primeira união, os Eremitas de Santo Agostinho, obedientes ao legítimo sucessor de São Pedro, foram sendo moldados até que em 1956, sob a organização do Cardeal Protetor Ricardo, no convento de Santa Maria Del Popolo realizou-se um capítulo que definiria a estrutura da nova Ordem. Este evento conhecido como “A Grande União” acarretou, como a definição supõe, a incorporação de outros grupos eremíticos à Ordem.

>>>Sob o impulso do Espírito Santo e os cuidados da Santa Sé por meio do Cardeal Ricardo, a Ordem crescia e se espalhava pela Europa com louvável desempenho. “Filhos” do grande bispo de Hipona, os Agostinianos prezando pelo apostolado nascido da contemplação foram sinais de uma renovação no seio da Igreja. Os testemunhos dos frades lograram muitas conversões e uma notável excelência na “cura de almas”. Sustentada pelo trinômio “pobreza, itinerância e pregação”, a Ordem Agostiniana logo se destacou, não só na atividade sacramental, mas também nos meios universitários dando á humanidade grandes nomes no campo da pesquisa e da intelectualidade. Além do “magistério intelectual” a Ordem, sobretudo com as expansões marítimas, ostentou grandes missionários e testemunhos de amor ao Evangelho.

>>>“De acordo com a história, à luz da fundação da Ordem e do significado da Grande União, três elementos, que se podem chamar ‘constitutivos’, confluem para criar a específica identidade da vida religiosa agostiniana, consagrada a Deus para o serviço dos irmãos e irmãs: a espiritualidade e o pensamento de Santo Agostinho; a experiência eremítico-contemplativa; a experiência de fraternidade apostólica, desenvolvida e vivida no contexto do movimento das Ordens mendicantes. [...] Os agostinianos caracterizavam-se, já nos primeiros séculos de existência, por um estilo de vida que é, ao mesmo tempo, contemplativo e apostólico, empenhando-se na busca de Deus no estudo e na vida comum, com o fim de transmitir ao povo de Deus a verdade buscada e encontrada”. (PINHEIRO, 2006, p. 555)
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>>>>>>Referências: PINHEIRO, Fr. Luís Antônio. Agostinianos: 750 anos da grande união 1256-2006. In: Revista Atualização. Belo Horizonte, Nov/Dez - 2006.<<<<
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Frei Jefferson Felipe,OSA
Bragança Paulista/SP

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