terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NATAL: Hoje uma grande luz desceu sobre a Terra!

“Digamos também todos nós com o coração cheio de fé e com voz forte: Glória a Deus no céu e na terra paz aos homens de boa vontade” (Santo Agostinho, Serm. 193)
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Querido irmão que acessa o nosso site oficial agostinianos.org, e nosso blog vocacional agostinianos-osa.blogspot, é com muita alegria e com o coração cheio da luz de Cristo que estamos encerrando nosso ano de atividades de 2009. Muitas mudanças, renovações, construções e realizações. Em todo momento dando graças a Deus que é Santo e justo.
Vinde e adorai o Senhor!
Hoje uma grande luz desceu sobre a Terra!
Glória no céu!
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De fato resplandeceu uma grande luz sobre nós, já que quando Jesus nasceu no pequeno povoado de Belém, “uma grande luz” apareceu sobre a terra; uma grande esperança entrou no coração daqueles que tanto O esperavam: “lux magna”, canta a solene liturgia deste dia de Natal. Não foi certamente “grande” como o mundo pensa, pois os primeiros a vê-la foram apenas Maria, José e alguns pastores, depois os Magos, o velho Simeão, a profetiza Ana: os que Deus tinha escolhido, nasceu entre os pequenos. No entanto, na humildade e no silêncio daquela noite santa, acendeu-se para cada homem uma luz esplêndida e inextinguível; chegou ao mundo a grande esperança portadora de felicidade:
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“O Verbo fez-Se carne e [...] nós vimos a sua glória” (Jo 1,14).
Agradecemos a você pelo carinho e desejamos de todo coração a você e toda sua família um Santo Natal, o Menino Deus quer nascer na manjedoura do seu coração: permita que aí Ele renasça e habite sempre;
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Que 2010 seja verdadeiramente de muita luz e que em nenhum instante você esqueça aqueles que estão a sua volta. Construamos um novo ano nessa mais nova página em branco que o Senhor nos concede.

São os sinceros votos de toda a FAMÍLIA AGOSTINIANA do Vicariato Nossa Senhora da Consolação do Brasil.
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“Veio para curar os olhos do nosso interior, para que, uma vez curados, nós, que antes éramos escuridão, nos convertêssemos em luz no Senhor. E assim, ao olhar para ela, pudéssemos resplandecer em toda sua claridade”.
(Santo Agostinho, Sermão 195,3)

Posse do novo Bispo de Bragança Paulista/SP

Frades participam da solenidade de posse do novo bispo de Bragança Paulista,
Dom Sérgio Aparecido Colombo

No último dia 06 de dezembro na Catedral da Sé de Bragança Paulista foi empossado o novo Bispo diocesano, Dom Sérgio Aparecido Colombo. Como manifestação de alegria e partilha de experiência transcrevemos um trecho do artigo publicado no jornal Bragança Diário, na coluna católica Olhar Agostiniano. Nossos frades, como filhos fiéis da Santa Igreja, se fizeram presentes e manifestaram seu apresso e disponibilidade ao novo pastor da Igreja particular de Bragança, onde também desenvolve seu trabalho.

“Bendito o que vem em nome do Senhor”.

Depois do pastoreio apostólico de Dom José Maria Pinheiro, a quem aproveitamos para agradecer o trabalho, a presença, o esforço e, sobretudo a abertura e a sinceridade com que se portou no período de sua saída, a Santa Sé nos envia outro pastor. No fundo mais um instrumento do Pastor Eterno que é Jesus.
Mas o que é o bispo?
Qual a importância dele na Igreja?
Segundo a bela expressão de Santo Inácio de Antioquia, o bispo é “typos tou Patros”, como imagem viva de Deus Pai. O episcopado é a plenitude, o último grau, do Sacramento da Ordem, por isso Bispos e Presbíteros, tornam visíveis no meio da comunidade dos fiéis a presença de Cristo como chefe da Igreja. Segundo a Constituição Dogmática Lumen Gentium, “os Bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte que quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a Cristo e aquele por quem Cristo foi enviado”.
Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os apóstolos deixaram como sucessores os Bispos, a eles transmitindo seu próprio encargo de Magistério. “Para desempenhar sua missão, os Apóstolos foram enriquecidos por Cristo com especial efusão do Espírito Santo, que desceu sobre eles. E eles mesmos transmitiram a seus colaboradores, mediante a imposição das mãos, este dom espiritual que chegou até nós pela sagração episcopal”. Ao bispo cabe o múnus de santificar, ensinar, reger, governar... “Os Bispos, portanto, pelo Espírito Santo que lhes foi dado, foram constituídos como verdadeiros e autênticos mestres da fé, pontífices e pastores”.
Dom Sérgio, uma vez designado Bispo de Bragança Paulista, é para nós o Pastor. Não à toa, nas celebrações, sobretudo do Santo Sacrifício da Missa, ele traz na mão o báculo, como um cajado de pastor; nós somos as ovelhas, devemos ser atentos à sua voz, que pelo Espírito Santo e a confirmação da Igreja, é a voz de Cristo. Parafraseando Santo Agostinho, conosco Dom Sérgio será povo de Deus, também ovelha, mas para nós ele será Bispo, Pastor.
Por fim, de coração aberto e agradecido, louvamos a Deus pelo pastoreio de Dom José Maria e pedimos pelo de Dom Sérgio. Que a caminhada de nossa Igreja particular de Bragança, em tudo, se aproxime cada vez mais da comunidade primeira de Jesus. Que todos, Pastores e ovelhas, se empenhem antes de tudo pela vinda e construção do Reino de Deus.”
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Noviciado Agostiniano

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Retiro dos Noviços em Itaicí-SP.

“Quanto maior é o desejo, tanto mais ardente é a oração”.
(Sto. Agostinho. Sermo 77)
>>>Foram oito dias tentando experimentar o silêncio total. Exigindo de nós, mais que força e controle, abertura à Graça. Discernimento do que é Deus em nós e de nossa distância Dele. Com a proximidade do encerramento do ano de noviciado, depois de tanta experiência enriquecedora, era hora de estarmos a sós com Ele. Embora o método tenha sido jesuíta (Exercícios Espirituais de Santo Inácio), no fundo do coração a expectativa e a dedicação era decidir-se para a radicalidade da consagração, ou não. Aprofundar-se no autoconhecimento e no conhecimento de Jesus a partir da Palavra e descobrir os meios de servi-lo e segui-lo.>>>Como bem disse nosso Prior Geral, “a busca de Deus, a dimensão contemplativa, propicia um movimento dinâmico aos outros elementos de nosso carisma, que são complementares um ao outro. A nossa pobreza nos libera para buscar Deus e servir a Deus através do ministério da Evangelização e do cuidado dos pobres. O nosso empenho pastoral com seus muitos rostos vem sempre acompanhado da oração e da contemplação”.
>>>A cada dia cresce a consciência de que nosso desejo, que alimenta nossa oração, não tem outro objeto, não é direcionado a outra coisa, senão à construção do reino. Haja vista que o reino é uma pessoa, que uma vez encontrada, transforma tudo, salva tudo, ama tudo, nosso desejo é por Ele, estar no Coração Dele.
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Frei Felipe Cruz,OSA
Bragança Paulista/SP

terça-feira, 3 de novembro de 2009

ENCONTRO VOCACIONAL AGOSTINIANO

"Oh como é bom e agradável viverem unidos os irmãos. Tende pois em vossas casas
UMA SÓ ALMA E UM SÓ CORAÇÃO".
Santo Agostinho
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>>>Dos dias 30 de outubro a 02 de Novembro, 34 jovens vindos de várias regiões do Brasil, participaram de mais um Encontro Vocacional Agostiniano, que aconteceu no Recanto Santo Agostinho em Mário Campos, cidade próxima a Belo Horizonte/MG. O tema foi: "Com Santo Agostinho buscamos Deus e os Irmãos". Palestras, dinâmicas, momentos celebrativos, convivência, momentos culturais, retiro, entre várias outras atividades, marcaram esse encontro que, sem dúvidas, encheu de alegria, dinamismo, confiança e fé a todos os participantes.


>>>>Através dos dizeres de Nosso Pai Santo Agostinho, para que tenhamos pois uma só alma e um só coração, queremos manifestar todo sentimento que envolveu nosso encontro vocacional. 34 pessoas. 34 histórias diferentes. O mais bonito: querendo construir uma única história. Jovens que arriscam tudo no mundo para experimentar o Tudo em Deus.
>>>>Estes momentos perpetuam em nossos corações e certamente serão marcas positivas escritas nas laudas de cada história.
>>>>Que possamos seguir a Cristo segundo o carisma de SANTO AGOSTINHO, sendo DISCÍPULOS E MISSIONÁRIOS, hoje e sempre!
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João Batista Miguel
Belo Horizonte/MG

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sábado, 24 de outubro de 2009

A ORDEM DE SANTO AGOSTINHO






>>>“Interioridade, comunhão de vida e serviço à Igreja. A integração harmoniosa dos elementos mencionados... é algo que dá à nossa vida uma identidade própria e original, e constitui, portanto, um aspecto fundamental do nosso carisma. A busca de Deus, a dimensão contemplativa, propicia um movimento dinâmico aos outro elementos, que são complementares um ao outro. A nossa pobreza nos libera para buscar Deus e servir a Deus através do ministério da Evangelização e do cuidado dos pobres. O nosso empenho pastoral com seus muitos rostos vem sempre acompanhado da oração e da contemplação. E a fraternidade no Senhor é vivida na comunhão dos irmãos que têm tudo em comum, são solidários com os mais necessitados, e vivem a própria comunidade como aberta e generosa em relação à Igreja.” (Fr. Robert Francis Prevost, Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho).




Breve resenha histórica




>>>Era o século da proximidade radical com o Evangelho. Século das Ordens Mndicantes. “Em março de 1244 nascia a Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho com a bula Incumbit nobis, de Inocêncio IV, a qual decretava que os diversos grupos eremíticos espalhados pela Itália central se unissem, se conformassem a um mesmo estilo de vida, adotassem a Regra de Santo Agostinho e nomeassem um prior geral para conduzi-los”. (PINHEIRO, 2006, p. 507-8)

>>>Diferentemente dos franciscanos e dominicanos, grandes ordens mendicantes da época, que tinham um “personagem” fundador, os agostinianos nascem do desejo do sumo pontífice de fazer valer ainda mais o preceito divino da unidade dentro da Igreja. Desde essa primeira união, os Eremitas de Santo Agostinho, obedientes ao legítimo sucessor de São Pedro, foram sendo moldados até que em 1956, sob a organização do Cardeal Protetor Ricardo, no convento de Santa Maria Del Popolo realizou-se um capítulo que definiria a estrutura da nova Ordem. Este evento conhecido como “A Grande União” acarretou, como a definição supõe, a incorporação de outros grupos eremíticos à Ordem.

>>>Sob o impulso do Espírito Santo e os cuidados da Santa Sé por meio do Cardeal Ricardo, a Ordem crescia e se espalhava pela Europa com louvável desempenho. “Filhos” do grande bispo de Hipona, os Agostinianos prezando pelo apostolado nascido da contemplação foram sinais de uma renovação no seio da Igreja. Os testemunhos dos frades lograram muitas conversões e uma notável excelência na “cura de almas”. Sustentada pelo trinômio “pobreza, itinerância e pregação”, a Ordem Agostiniana logo se destacou, não só na atividade sacramental, mas também nos meios universitários dando á humanidade grandes nomes no campo da pesquisa e da intelectualidade. Além do “magistério intelectual” a Ordem, sobretudo com as expansões marítimas, ostentou grandes missionários e testemunhos de amor ao Evangelho.

>>>“De acordo com a história, à luz da fundação da Ordem e do significado da Grande União, três elementos, que se podem chamar ‘constitutivos’, confluem para criar a específica identidade da vida religiosa agostiniana, consagrada a Deus para o serviço dos irmãos e irmãs: a espiritualidade e o pensamento de Santo Agostinho; a experiência eremítico-contemplativa; a experiência de fraternidade apostólica, desenvolvida e vivida no contexto do movimento das Ordens mendicantes. [...] Os agostinianos caracterizavam-se, já nos primeiros séculos de existência, por um estilo de vida que é, ao mesmo tempo, contemplativo e apostólico, empenhando-se na busca de Deus no estudo e na vida comum, com o fim de transmitir ao povo de Deus a verdade buscada e encontrada”. (PINHEIRO, 2006, p. 555)
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>>>>>>Referências: PINHEIRO, Fr. Luís Antônio. Agostinianos: 750 anos da grande união 1256-2006. In: Revista Atualização. Belo Horizonte, Nov/Dez - 2006.<<<<
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Frei Jefferson Felipe,OSA
Bragança Paulista/SP

terça-feira, 13 de outubro de 2009

MISSÃO DO NOVICIADO

Prelazia de São Félix
>>>>“A atividade missionária que brota da própria natureza íntima da Igreja é a manifestação ou epifania do plano de Deus e a sua realização no mundo e em sua história, na qual Deus realiza abertamente, por meio da missão, a história da salvação... esta atividade também compete a nós por razão da natureza e história da Ordem...” (Constituições, 185).
>>>Com a consciência da fidelidade ao Evangelho e ao carisma de nossa Ordem, entres os dias 14 de setembro e 08 de outubro, vivemos a experiência missionária do ano de noviciado. Fomos às “terras do Araguaia”, à Prelazia de São Felix.
>>>Foram dias de muito trabalho, evangelização, mas, sobretudo de muita Páscoa. Tivemos a oportunidade impar de conhecer o Bispo Pedro, com ele conviver e aprender. Na “terra dos mártires”, Ribeirão Cascalheira, celebramos o martírio de Cristo e o de todos aqueles que deram a “vida pela vida, a vida pelo Reino da Vida”. Como um gesto singelo de compromisso, aproveitando as comemorações dos 80 anos de presença de nosso Vicariato no Brasil, deixamos no santuário dos mártires da caminhada um pequeno símbolo da Ordem, no desejo de que no “nosso coração” seja latente a paixão pelo projeto de Jesus.
>>>Em Santa Terezinha, celebramos a novena da padroeira e atendemos as comunidades do interior. Foi o auge de nossa missão, envolvidos na vida do povo e da Igreja. Foi-nos muito querida nessa experiência esta música do Pe. Zezinho:

Por causa de um certo reino, estradas eu caminheiBuscando, sem ter sossego, o reino que eu vislumbreiBrilhava a Estrela Dalva e eu quase sem dormir,buscando este certo reino e a lembrança dele a me perseguir!
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O filho de carpinteiro falava de um mundo irmão;De um Pai que era companheiro de amor e libertaçãoLançou-me um olhar profundo, gelando o meu coração;Depois me falou do mundo, e me deu o selo da vocação!
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Agora quem me conhece, pergunta se eu encontreio reino que eu procurava, se é tudo o que eu desejeiE eu digo pensando nele: no meio de vós estáo reino que andais buscando, e quem tem amor compreenderá!



>>>Resta em nosso coração um sincero louvor a Deus, pela nossa vocação e mais ainda por ela ser útil ao seu reino. Ao louvor se junta uma humilde prece por todos aqueles que deixando “as seguranças” partem “por causa de um certo reino”.
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Frei Jefferson Felipe,osa
Bragança Paulista/SP