segunda-feira, 11 de agosto de 2014

COMUNIDADE EM DIREÇÃO À COMUNIDADE



A nascente Comunidade São José, da Paróquia Cristo Redentor, em Belo Horizonte/MG, é formada por um povo simples, esperançoso, celebrativo, aberto à vontade de Deus e com muitas pessoas de uma mesma família. Em Sete Lagoas existe também uma comunidade nestes moldes e também com familiares desses. Por essa aproximação, a Comunidade São José e Frei Anderson foram convidados a participar dos festejos do padroeiro em Sete Lagoas e trocarem experiências tão divergentes e tão parecidas.

Este momento foi de muita graça de Deus, justamente porque estar em comunidade, ser Igreja onde passarmos é muito enriquecedor. Trocamos experiências, confraternizamos um delicioso almoço, conhecemos novas pessoas e rezamos a Deus por ambas as comunidades.

Lançar as redes sempre! Viver a graça de sentir o cheiro das ovelhas é viver a partilha e celebrar na simplicidade o Ressuscitado. Louvado seja Deus por tão grande graça!

Frei Anderson Domingues
Belo Horizonte/MG

SALMO 81 - UMA RELEITURA



Deus vê, ouve e desce



A lua cheia anuncia uma nova vida

Uma vida nova cheia de esperança

A onde todos esperavam a partida

Deus ouve seus clamores de mudança


Ao ouvir o seu povo clamando

Deus o liberta de todo sofrimento

Agora, são só os instrumentos soando

Anunciando uma história de livramento


Não bastou o Senhor ouvir

Seu povo também deve se inclinar

A palavra de Deus vem lhes atingir

Que ouça o povo o que Deus vai falar


Constantemente Deus ouve

Inesperadamente Deus vê

Esperançosamente Deus Desce

Para seu povo renascer


Ó Deus bendito que nos liberta

Deus da graça, de bondade e amor

Venha a nós na hora incerta

Ouça, veja e desça nosso libertador

Frei Anderson Domingues
Belo Horizonte/MG

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PAULO E A AMIZADE


O termo amizade ou amigo não aparecem no corpus paulino. Mas Paulo prefere a linguagem do parentesco para caracterizar as relações das comunidades cristãs. Três pontos merecem ênfase: primeiro, as cartas eram o meio principal pelo qual os amigos procuravam superar sua separação física; em segundo, algumas das definições e descrições antigas típicas da amizade aparecem em suas cartas; em terceiro, ainda que a palavra amizade não conste na correspondência paulina, muitos dos termos ou conceitos do seu grupo interligado constam. O mais frequente é o termo “parceria”.

Um dos casos em que Paulo faz uso de múltiplos termos associados com a amizade é a passagem de Fl 4,10-20 em que fala da agricultura e da horticultura para descrever a amizade e seus préstimos. Então ele mistura a linguagem agrícola com a comercial quando trata da amizade. A terminologia utilizada por Paulo reflete a natureza recíproca do relacionamento de que ele goza com os filipenses.


A concentração de termos de amizade em 4,10 leva Paulo a negar sua necessidade e a afirmar sua auto-suficiência em 4,11. Paulo rejeita qualquer ideia de que sua amizade com os filipenses seja utilitária. Já em 4,12 uns catálogos de vicissitudes indicam como um indivíduo responde a situações drasticamente diferentes e a frustrações na própria sorte.

O fato de os filipenses não terem abandonado Paulo no tempo da sua aflição é então uma prova brilhante da realidade da amizade entre eles. Mas não é a seus amigos de Filipos que Paulo atribui sua capacidade de passar pelas vicissitudes da vida. Paulo atribui a Deus a função que outros atribuem à virtude e à amizade. A afirmação de que Paulo considera Deus como seu amigo é controversa, como também o é a asserção de que ele vê a Igreja como uma comunidade de amigos. Sua base principal é o uso do termo reconciliação, o qual tem o sentido de “mudar a inimizade para amizade”. Os termos para amizade e reconciliação são usados como sinônimos em relatos que descrevem o processo de negociar uma trégua entre acampamentos inimigos. Em síntese, a reconciliação produz uma mudança no afeto e na relação, marca o fim do ódio e o começo do retorno ao afeto.



Por causa da difusa ligação entre amizade, inimizade e reconciliação, a descrição da ação de Deus em Cristo que Paulo apresenta é reveladora. Deus agiu “enquanto éramos inimigos”, num tempo de hostilidade humana ao divino. Mas “fomos reconciliados com Deus por meio da morte de seu filho”. Este é paradigmaticamente o caso do próprio Paulo, profundamente transformado de adversário em enviado pela ação de Deus.

A linguagem da amizade era usada para identificar o que os cristãos partilhavam. Entretanto, 1 Tessalonicenses contém a linguagem do grupo interligado entre a amizade e a adulação; com a franqueza no falar, trata de problemas perenes da amizade, como a separação física e a morte de amigos queridos. 

Gálatas, escrita num momento em que a amizade de Paulo com os gálatas corria perigo de ser rompida, contém um tocante apelo que está repleto da terminologia amizade. Em 1 Coríntios, o pressuposto com que trata do problema da divisão da comunidade é o da “unidade de mente” de que os amigos têm o mesmo pensar e a mesma opinião. Já em 2 Coríntios, ele tem de enfrentar a acusação de que não é um amigo sincero ou constante, mas sim alguém cujo sim e não vacila conforme a ocasião, todavia, ele responde ressaltando sua integridade e sinceridade como pessoa. 



A maneira como Paulo escreve a Filêmon pressupõe que eles estão envolvidos num relacionamento recíproco, que Paulo recebeu de Filêmon grande alegria e conforto e que Filêmon tem uma grande dívida para com ele. Por fim, em Romanos, Paulo ainda faz uso da linguagem da amizade insistindo com os romanos para que partilhem mutuamente suas vidas alegrando-se com os que se alegram e chorando com os que choram, pois em virtude da atividade reconciliadora de Deus em Cristo, todos os cristãos são implicitamente amigos.

Frei Anderson Domingues
Belo Horizonte/MG

domingo, 3 de agosto de 2014

CONVIVÊNCIA CONGREGACIONAL


Em um dia chuvoso e corrido, o postulante Danilo e Frei Anderson fazem uma visita às Irmãs Assuncionistas, que vivem em uma comunidade de nossa Paróquia Cristo Redentor, em Belo Horizonte. Momento de graça de Deus e de muita alegria para todos. Tomamos mate com leite preparado pelas noviças argentinas, conversamos sobre as comunidades com as quais colaboramos pastoralmente e também sobre a primeira profissão religiosa da Noviça Andréa. Muita troca de experiência, partilha de vida e escuta aos clamores dos que nos procuram como auxílio nas necessidades. Para terminarmos essa convivência rezamos as Vésperas colocando no coração de Deus todos os necessitados, todos os vocacionados à Vida Consagrada e Religiosa e as comunidades em que vivemos. Deus seja louvado por esta oportunidade!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ASPIRANTES VISITAM AS CIDADES HISTÓRICAS DE SÃO JOÃO DEL-REI E CONGONHAS/MG



No dia 30 de julho, os aspirantes agostinianos, acompanhados pelos freis Alexandre e Anderson, visitaram as cidades mineiras históricas de São João del-Rei e Congonhas. 

São João del-Rei, terra da música, cidade onde os sinos falam, com muitas ruas antigas e centenárias e igrejas que abrigam um dos mais belos acervos e arte sacra do país. Nessa bela cidade, os aspirantes visitaram, dentre outros lugares, a Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar (Padroeira da cidade e da diocese - 1721), a Igreja Nossa Senhora do Carmo (1787), a Igreja São Francisco de Assis (1774), a Igreja Nossa Senhora das Mercês (1751) e a Igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário (1719). 

Em Congonhas, “Cidade dos Profetas”, os formandos visitaram o Santuário Bom Jesus de Matosinhos. Considerado um dos maiores tesouros da arte barroca, o santuário conta com 78 esculturas, dentre elas, os “12 profetas”, esculpidos em pedra sabão pelo grande artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.






quarta-feira, 23 de julho de 2014

DICA - COLÉGIO SANTO AGOSTINHO




 

“Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha;

do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada

e torna-se pior o rasgo” (Marcos 2,21)




No dia 19 de julho de 2014 o Departamento de Pastoral (DEPAS) do Colégio Santo Agostinho de Nova Lima realizou um encontro com seus funcionários. O Dia de Interiorização e Convivência Agostiniana (DICA) teve como objetivo refletir sobre a Espiritualidade Agostiniana em uma perspectiva pessoal e comunitária. Os participantes foram animados pelos agentes de pastoral por um dia inteiro e intenso de boas propostas, desde a saída do colégio rumo ao Recanto Santo Agostinho, onde aconteceu o encontro, até o retorno.

O cardápio do dia foi: Sanduíches X-Beijos, X-Abraços, X-Egg Carinho e Alegria Burguer; Porções de cortesias com expectativas, de oração com elogios, de canções, de dança com cobertura de alegria e mexido baião de muitos grupos; Coquetéis de “eu te admiro”, coquetel de suavidade, batida de amor com mel e batida do agradecimento.

Uma palestra sobre espiritualidade Agostiniana foi ministrada por Frei Luiz Antônio, OSA. Em seguida, um momento de deserto para interiorização pessoal e depois um encontro de grupo para partilhar o que cada um vivenciou no deserto e passou para um retalho. Momento muito rico também foi o plenário com os grupos, além da caminhada ecológica. Para encerrar, um testemunho marcante de um dos colaboradores com o momento celebrativo final.

Muita música e muita disponibilidade, muita convivência no ônibus, nas refeições e atividades em grupo, muita alegria e oração, muita vida em revisão e partilhas sem reservas que resultaram em uma colcha de retalhos com sonhos, anseios e vida de uma família chamada Colégio Santo Agostinho Nova Lima.

Na costura da vida todos temos problemas e dificuldades, mas quando somos alinhavados com os demais convivas percebemos um lindo trabalho, uma diversidade de dons, cores, propostas e inquietações. Desta experiência só resta uma coisa, que tem grande importância, desenrolar a linha para fazer uma boa costura.


Frei Anderson Domingues
Belo Horizonte/MG